YARA LAIZ SOUZA – Sempre pensamos na Terra como tendo uma atmosfera dominada pelo oxigênio. Porém, esta molécula é apenas um quinto do nosso ar. O nitrogênio domina 78% da atmosfera terrestre e está sendo considerado como um indicador de habitabilidade. Astrobiólogos começam a ponderar sobre o fato do nitrogênio ser essencial para a vida na Terra e sinalizar uma atmosfera espessa o suficiente para estabilizar a água líquida na superfície de um planeta, fundamental para a criação de condições de habitabilidade.
No tempo em que a Terra foi tomada por vulcões e outros processos que liberavam grandes quantidades de calor e fumaça, o nitrogênio era mais abundante. Após processos geológicos e as primeiras contribuições dos tipos iniciais de vida, a atmosfera evolui para uma forma ‘secundária’ feita de nitrogênio, oxigênio (vinda da vida fotossintética) e vestígios de constituintes como água.
Nitrogênio é difícil de detectar mesmo com aparelhos sofisticados. Porém, o pesquisador Edward Schwieterman parece ter encontrado uma maneira de observar o nitrogênio em planetas com grandes chances de abrigar vida. Ele utilizou dados de uma missão espacial encerrada em 2013, EPOXI, para criar moldes de visualização de nitrogênio aplicáveis no planeta Terra e em outros planetas. Dessa forma, a comparação dos modelos feitos com o comportamento das atmosferas dos planetas é mais fácil, ajudando a descobrir se os níveis de nitrogênio indicam a possibilidade de abrigar vida.
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